Há ideias brilhantes que me espantam pela improbabilidade e pelos subterfúgios que o autor engendra para as justificar. Aqui ficam alguns exemplos:
- Deitar abaixo um olival centenário (por contraposição a ir substituindo as árvores progressivamente), esquecendo-se que as oliveiras demoram anos a crescer e que o terreno em causa se tornaria um descampado. Sob a desculpa de o olival já não dar rendimento (que nunca foi a questão principal), esconde-se um erro crasso. Sempre será melhor o clássico argumento do "fica para os meus netos".
- Decidir instalar aquecimento central no Inverno, nas hostis paragens de Trás-os-Montes, quando tal implica ficar sem lareira alguns dias e neva na Serra de Bornes. A única explicação plausível para esta ideia peregrina é existir um irrecusável desconto na instalação do material nesta agreste época do ano, o que, mesmo assim, não me parece atractivo suficiente para o homem médio.
- Usar óculos de sol (graduados) em substituição dos "de ver" enquanto estes ficam no oculista para se trocarem as lentes. A ideia até poderia soar aceitável não estivéssemos no Inverno, com tempo encoberto e chuvoso, e não anoitecesse às seis da tarde - já para não falar que a ideia seria sempre descabida para quem passa o dia a ler e dispensa os óculos para poucas tarefas. A menos que se quisesse animar aquele que vê mal, mostrando-lhe que não ver de todo é bem pior (como se o miópe, que vê a sua graduação aumentar todos os anos mais do que desejaria, não o soubesse), não há qualquer explicação para esta sugestão.
Por agora termino esta lista de ideias insólitas, certa, porém, de que mais haverá para aqui relatar.
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